terça-feira, 28 de março de 2017

Transporte Manual de Cargas

O transporte manual de cargas é uma das formas de trabalho mais antigas e comuns, sendo responsável por um grande número de lesões e acidentes do trabalho. Estas lesões, em sua grande maioria, afetam a coluna vertebral, mas também podem causar outros males como, por exemplo, a hérnia escrotal.


A movimentação manual de cargas é ineficaz (o rendimento útil para operações de levantamento é da ordem de 8 a 10%), penosa (provoca fadiga intensa) e causa inúmeros acidentes. Portanto, sempre que possível, deve ser evitada ou minimizada.

A figura abaixo mostra a técnica correta para o levantamento de cargas (caixa, barra, saco, etc.). O joelho deve ficar adiantado em ângulo de 90 graus. Braços esticados entre as pernas. Dorso plano. Queixo não dirigido para baixo. Pernas distanciadas entre si lateralmente. Carga próxima ao eixo vertical do corpo. Tronco em mínima flexão.


Na figura abaixo, a técnica indicada para a movimentação lateral de carga (no caso, um barril) é a seguinte: posição dos pés em ângulo de 90 graus, para evitar a torção do tronco. No outro croqui, em que o modelo carrega uma caixa, o porte da carga é feito com os braços retos (esticados), de modo a obter menor tensão nos músculos dos mesmos.


Recomendações Gerais para movimentação manual de cargas

- Evitar manejo de cargas não adequadas ao seu biotipo;
- Usar técnica adequada em função do tipo de carga;
- Procurar não se curvar; a coluna deve servir como suporte;
- Quando estiver com o peso, evite rir, espirrar ou tossir;
- Evitar movimentos de torção em torno do corpo;
- Manter a carga o mais próximo do eixo vertical do corpo;
- Procurar distribuir simetricamente a carga;
- Transportar a carga na posição ereta;
- Movimentar cargas por rolamento, sempre que possível;
- Posicionar os braços junto ao corpo;
- Usar sempre o peso do corpo para favorecer o manejo da carga.

Precauções para levantamento manual de cargas

1.  Posicione-se próximo a carga com os pés abertos para manter o equilíbrio das pernas,


2.  Abaixe-se e mantenha a cabeça e as costas em linha reta,


3. Segure firmemente a carga usando a palma da mão,


4. Levante-se usando somente as pernas, mantendo os braços esticados e a carga próxima ao corpo, centralizada entre as mãos.


Evite os seguintes erros:




Consequências x Desrespeito aos princípios ergonômicos

Grande parte de todas as lesões que ocorrem nos ambientes de trabalho estão diretamente relacionadas com o levantamento, transporte e deslocamento de cargas.
Dores nas costas, hérnias, lesões nos pés e mãos são consequências normais dos levantamentos que estão para além da capacidade física dos trabalhadores ou ainda da aplicação de métodos de trabalho impróprios.

Exemplos de procedimentos inadequados

Como já falamos, a movimentação manual de cargas pode acarretar uma série de riscos e patologias para os trabalhadores, caso as condições de trabalho não sejam as mais indicadas. Para que se possa compreender melhor, as situações de perigo e risco associadas à movimentação manual de cargas apresentamos a seguir, alguns exemplos de procedimentos inadequados:

- Carga mal equilibrada ou com conteúdo sujeito a oscilações;
- Carga mal posicionada, de tal modo que precise ser manipulada a grande distância do tronco ou com flexão / torção do tronco;
- Carga demasiado pesada ou demasiado volumosa;
- Inexistência de espaço suficiente para o trabalhador se movimentar juntamente com a carga;
- Pavimento degradado com desníveis;
- Movimentação de cargas a diversos níveis (ex. ter que transportar cargas entre diferentes pisos);
- Ponto de apoio instáveis – ex.: existência de tapetes ou carpetes não fixadas ao chão;
- Condições ambientais desfavoráveis (temperatura, umidade, velocidade do ar);
- Utilização de calçado inapropriado ex.: calçado com saltos altos;
- Realização de esforços que solicitem a coluna vertebral por períodos demasiadamente prolongados; 

Caso alguma destas regras de más práticas seja identificada, convém que seja alvo de correção imediata. A sua continuidade ao longo do tempo pode provocar sérias lesões nos trabalhadores atingidos, ou ainda, determinados tipos de acidentes ou incidentes.

A correção das referidas não conformidades deve pautar-se pela correta aplicação dos vários princípios ergonômicos a fim de otimizar a compatibilidade entre o homem, as máquinas e o ambiente físico de trabalho. Isto se consegue através do equilíbrio entre as exigências das tarefas, das máquinas e as características anatômicas, fisiológicas, cognitivas e motoras do homem. 

Fatores limitantes e/ou impeditivos na movimentação manual de cargas:

- Obesidade;
- Gravidez;
- Alterações na coluna: as escolioses, as hipercifoses dorsais e as hiperlordoses lombares;
- Traumatismos diversos;
- Trabalhos com máquinas ou ferramentas com elevados níveis de vibrações; 

Referências bibliográficas:

AGÊNCIA EUROPEIA PARA A SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO. Perigos e Riscos Associados à movimentação de cargas no local de trabalho. FACTS 2007. Disponível em: http://ew2007.osha.europa.eu. Acesso em: 28/03/2017

SINDICATO EM SÃO BENTO DO SUL. Transporte Manual de Cargas. SITICOM 2017. Disponível em: http://www.siticomsbs.org.br/Transporte_Manual_de_Cargas.pdf. Acesso em: 28/03/2017.

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO. Transporte Manual de Cargas. UFRRJ 2004. Disponível em: http://www.ufrrj.br/institutos/it/de/acidentes/ergo2.htm. Acesso em: 27/03/2017.

segunda-feira, 20 de março de 2017

Colaboradora do Mês

Patrícia G. de Freitas Faria (Março/2017)
Função: Enfermeira do Trabalho (Auditora interna de PPEOB, ASO e PCMSO de Contratadas da REPLAN)
Empresa: Infotec  
Formações: Enfermagem e Obstetrícia. 
Contatos: patfaria2016@hotmail.com 

Formada a 23 anos pela Faculdade Estadual de Ciências e Letras de Paranavaí (FAFIPA).
Em meu primeiro emprego, atuei por 2 anos e meio na Prefeitura de Teodoro Sampaio (SP) como enfermeira em saúde pública. Aproveitei a oportunidade e fiz minha primeira Pós-Graduação em Saúde Pública, realizando trabalhos junto ao movimento sem-terra. Posteriormente fui convidada para trabalhar na Prefeitura de Rosana (SP) para implantar o programa de saúde da família, sendo possível realizar a 2ª e 3º Pós-Graduação (Programa de saúde da Família e Humanização do SUS).
Concursada pelo município de Rosana trabalhei por 8 anos como enfermeira do PSF dentro do assentamento dos sem-terra. Onde tivemos a oportunidade de formar profissionais como médicos e enfermeiros de 40 municípios vizinhos para implantação do PSF em seus respectivos municípios.
Durante o último ano que morei neste município realizei a Pós-Graduação em Enfermagem do Trabalho pela Universidade Estadual de Londrina (PR). Em fevereiro de 2006 fui convidada para trabalhar como enfermeira do trabalho na Refinaria de São José dos Campos e após 1 ano e 7 meses recebi novo convite para trabalhar na Refinaria de Paulínia onde fiquei por 3 anos.
Consecutivamente recebi o convite para trabalhar na construção da Base de Lançamento de Foguete em Alcântara (MA) por onde fiquei 1 ano e 9 meses, a obra foi paralisada por decisão do governo federal. Me mudei para Niterói e recebi uma proposta para trabalhar no COMPERJ (Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro), após 6 meses de trabalho recebi uma proposta para trabalhar como Enfermeira Auditora pela empresa DELLOITE, onde trabalhei por 2 anos e 2 meses auditando os ambulatórios e refeitórios de todas as áreas de negócios da Petrobras.
Em setembro de 2016 participei de um processo seletivo para trabalhar Refinaria de Paulínia pela Infotec no SAF (Serviço de Apoio a Fiscalização) e felizmente estou trabalhando neste ambiente, onde venho desenvolvendo a função de Enfermeira do Trabalho, auditando documentos de Saúde Ocupacional de contratadas da REPLAN.
Diante desse tempo consegui também ser professora do curso Técnico de enfermagem da Escola José Pardini no distrito de Primavera, município de Rosana por 7 anos.
Agradeço a Deus e aos profissionais da área pelas oportunidades.
Grande abraço. Patrícia G. de Freitas Faria.  

segunda-feira, 6 de março de 2017

SMS (Segurança do Trabalho, Meio Ambiente e Saúde Ocupacional) na Implementação das Indústrias Brasileiras.

Amigos Prevencionistas, bom dia!

Viemos através deste post, apresentar uma oportunidade que tivemos sobre a publicação de um Artigo para a Revista Jateamento e Pintura (Editora: Brasil Maior) sobre a Gestão Integrada nas Indústrias Brasileiras.

Link para a Revista Eletrônica JP – Jateamento e Pintura (Págs. 06 e 07)


"A dúvida da indústria moderna é o de adaptar-se ao processo de melhoria legal dos requisitos ambientais e de segurança e saúde do trabalho ou correr o risco de perder espaço arduamente conquistado num mercado extremamente competitivo e globalizado, uma vez que as ações para implementação da gestão integrada envolve recursos financeiros e logísticos. Nesta visão é fundamental considerar-se a importância dos profissionais destas áreas, pois buscam as tratativas sustentáveis e a prevenção de acidentes, sendo considerado um investimento a curto, médio e longo prazo devido à redução em indenizações trabalhistas e ambientais que possam potencializar negativamente a imagem de uma empresa."

Abraço, Henrique Dicas de SSM.