sábado, 14 de julho de 2018

Atividades em Operações Frigoríficas (Levantamento dos Requisitos Legais e Perícias Trabalhistas).

01.  INTRODUÇAO

Conforme o Ministério da Agricultura o Brasil lidera o ranking de maior exportador de carne bovina do mundo desde 2008 e as estatísticas mostram crescimento também para os próximos anos.  A exportação de carne bovina crescerá a 2,15% ao ano, enquanto a carne de aves a 3,64%. 


Fonte: <http://www.escravonempensar.org.br/biblioteca/moendo-gente-a-situacao-do-trabalho-nos-frigorificos/>
FIGURA 01: Brasil: O Maior exportador de carnes do mundo.

Os números são benéficos para o Brasil, mas a realidade é outra, conforme a ONG Repórter Brasil apresenta em seu trabalho “Moendo Gente” que:
 Provavelmente, quem compra uma picanha, uma linguiça ou um filé de frango no supermercado também não imagina que, por trás do pacote bem embalado, existam histórias de milhares de trabalhadores que adoecem e se lesionam gravemente todos os dias nas linhas de abate de bovinos, suínos e aves. Graves cortes com facas, além de doenças causadas por movimentos repetitivos e pela exposição constante ao frio, fazem parte do duro cotidiano dos trabalhadores dos frigoríficos brasileiros”.

Fonte: <http://www.escravonempensar.org.br/biblioteca/moendo-gente-a-situacao-do-trabalho-nos-frigorificos/>
FIGURA 02: As duas caras das indústrias de carnes no Brasil. 

Não há dúvidas quanto à importância da indústria de carnes para a economia brasileira. Porém, é preciso conter a euforia e analisar esse fenômeno com olhos críticos. Se os dados econômicos vão muito bem para as empresas do setor, o mesmo não se pode dizer dos indicadores sociais. Estatísticas oficiais do próprio governo federal mostram que trabalhar em um frigorífico é comprovadamente uma atividade de risco. (ONG Repórter Brasil, 2013).
Muita gente argumenta que há problemas na organização do trabalho em todos os setores econômicos; que não é viável fazer as pessoas pararem de comer carne; que as críticas só prejudicam a imagem do país e beneficiam interesses estrangeiros; ou até mesmo que o sofrimento de alguns é o preço inevitável a se pagar pelo progresso. (ONG Repórter Brasil, 2013).
A verdade, no entanto, é que muitos dos problemas gerados aos trabalhadores poderiam ser atenuados ou até mesmo sanados com mudanças muito simples. No caso dos frigoríficos, por exemplo, até já existem leis e normas que protegem a saúde dos empregados, mas que nem sempre são devidamente cumpridas pelas empresas – já que isso encareceria o processo produtivo e diminuiria as margens de lucro. (ONG Repórter Brasil, 2013).
De qualquer maneira, é possível mudar a realidade do trabalho em frigoríficos, reduzindo o ritmo de trabalho, implementando pausas ao longo do expediente e introduzindo inovações tecnológicas. Em resumo, melhorar as condições de trabalho nas indústrias de carne nem de longe é uma missão impossível. (ONG Repórter Brasil, 2013).

Faça o download do Artigo completo na figura abaixo.
https://drive.google.com/file/d/1NIzsSbPgQYyuGdpE8jTvEfvQDlrdRAII/view?usp=sharing

Referências bibliográficas

GUEIROS. Samuel – Comentários á NR dos frigoríficos – Disponível em: <http://nrfacil.com.br/blog/?p=6529>. Acesso em: 17/09/2015.

GUEIROS. Samuel - NR 36 – Seg. e Saúde no trabalho em empresas de abate e processamento de carnes e derivados – Disponível em: <http://invecap.com.br/normas-regulamentadoras-nrs/nr-36-seguranca-e-saude-no-trabalho-em-abate-e-processamento-de-carnes-e-derivados>. Acesso em: 17/09/2015.

GUIA DE DIREITO – Insalubridade – Disponível em: <http://www.guiadedireitos.org/index. php?option=com_content&view=article&id=372:insalubridade&catid=21:direitos-do-trabalhador&Itemid=46>. Acesso em: 18/09/2015

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - Mapa Brasil de Climas do IBGE – Disponível em: < http://7a12.ibge.gov.br/vamos-conhecer-o-brasil/nosso-territorio/relevo-e-clima>. Acesso em: 15/09/2015.

Lobo. Alessandra. Laudo de insalubridade para o frio – Disponível em: <https://alessandralobo.wordpress.com/tag/laudo-insalubridade-frio/>. Acesso em: 20/09/2015.
Ministério do Trabalho e Emprego. Norma Regulamentadora 15 – Atividades em Operações Insalubres. Disponível em: < http://portal.mte.gov.br/legislacao/normas-regulamentadoras-1.htm>. Acesso em 16/09/2015
           
Ministério do Trabalho e Emprego. Norma Regulamentadora 16 – Atividades em Operações Perigosas. Disponível em: < http://portal.mte.gov.br/legislacao/normas-regulamentadoras-1.htm>. Acesso em 16/09/2015

Ministério do Trabalho e Emprego. Norma Regulamentadora 17 – Ergonomia. Disponível em: < http://portal.mte.gov.br/legislacao/normas-regulamentadoras-1.htm>. Acesso em 16/09/2015

Ministério do Trabalho e Emprego. Norma Regulamentadora 36 – Seg. e Saúde no trabalho em empresas de abate e processamento de carnes e derivados. Disponível em: < http://portal.mte.gov.br/legislacao/normas-regulamentadoras-1.htm>. Acesso em 16/09/2015.

MUNHOZ. Diego Henrique. Prova pericial de Insalubridade. Disponível em: < http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=11478>. Acesso em: 20/09/2015.

ONG Repórter Brasil – Caderno Temático Moendo Gente – A situação do trabalho nos frigoríficos, 2013. Disponível em: <http://www.escravonempensar.org.br/biblioteca/moendo-gente-a-situacao-do-trabalho-nos-frigorificos/>. Acesso em: 14/09/2015.

REVISTA CIPA – Análise: NR 36 trouxe melhorias para as condições de trabalho em frigoríficos. Disponível em: < http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=11478>. Acesso em: 20/09/2015. 

REVISTA PROTEÇÃO – O trabalho em frigoríficos e a NR 36 do Ministério do Trabalho e Emprego - Disponível em: < http://www.protecao.com.br/noticiasdetalhe/AAjaJ9y5/pagina=13>. Acesso em: 20/09/2015.

TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO - Turma reconhece direito de adicional de insalubridade a ajudante de frigorífico – Disponível em: <http://www.tst.jus.br/noticias/-/asset_publisher/89Dk/content/id/14127596>. Acesso em: 17/09/2015.

segunda-feira, 7 de maio de 2018

Dicas de Ergonomia

Levantar Peso

Para levantar um peso, coloque-se em frente a ele, o mais perto possível, afastando os pés e flexionando as pernas.

Para levantar, mantenha o tronco reto, pés juntos ao solo, expelindo ar dos pulmões. Desta maneira, o trabalho dos músculos é menor.

Cuidado: Dobrar as costas exige dos músculos um grande esforço para endireitá-los e suas vértebras correm o risco de ficar desprotegidas.

Transportar Peso

Cuidado: Certifique-se das condições do piso para evitar tropeções e escorregões enquanto transporta a carga.

Nunca carregue peso na cabeça. Isso leva a degeneração dos discos da coluna cervical.

Para não sobrecarregar os músculos que devem equilibrar as costas: Divida o volume em dois (um em cada mão). 
Tarefas Diárias.

Organize seu posto de trabalho, de modo que os objetos estejam bem perto de seu corpo, evitando assim, desvio da postura correta, procure manter seu corpo na vertical.

Utilize ajustes da altura do encosto e do assento de sua cadeira, de modo que sua coluna fique apoiada e evitando que seus pés fiquem suspensos. Seus cotovelos devem ficar na altura da bancada de trabalho. 

Evite a hiperextensão dos membros superiores sempre quer necessário; para colocar/retirar qualquer objeto acima do nível dos ombros, utilize um suporte adequado ou uma escada para adequar a sua postura.

Quando você for varrer ou passar pano ou rodo, procure usar um cabo até a altura do seu ombro, mantendo a coluna mais reta possível.

Evite girar a sua coluna com os pés fixos, seja na posição sentado ou em pé. Procure mudar os pés de posição em direção ao movimento desejado.

Trabalho com Paleteira Manual

Ao descolar a paleteira de maneira incorreta, você poderá sobrecarregar as articulações do quadril, joelho e tornozelo.

Para descolar uma paleteira carregada, você deve empurrá-la; para a melhor distribuição do peso, utilize as duas mãos, mantendo coluna ereta. 


Referências bibliográficas: 

MED COMPANY MEDICINA ESPECIALIZADA. Levantamento e Transporte Manual de Cargas. Disponível em: <https://www.medcompanycampinas.com.br/levantamento-e-transporte-manual-de-cargas/>. Acesso em: 06/05/2018.

SLIDESHARE. Ergonomia – Movimentação e Transporte Manual de Cargas. Publicado por: fabriciosfreitas em: 20/07/2010. Disponível em: <https://es.slideshare.net/fabriciosfreitas/movimentao-manual/17>. Acesso em: 06/05/2018.  

SLIDESHARE. Transporte Manual de Cargas (2). Publicado por: Jupira Silva em: 01/08/2013. Disponível em: <https://es.slideshare.net/jupirasilva/transporte-manual-de-cargas2>. Acesso em: 06/05/2018.    

SINDICATO EM SÃO BENTO DO SUL. Transporte Manual de Cargas. SITICOM 2017. Disponível em: <http://www.siticomsbs.org.br/Transporte_Manual_de_Cargas.pdf>. Acesso em: 06/05/2018.


Veja também:

Transporte Manual de Cargas 01.

Transporte Manual de Cargas 02.

24 Dicas de Ergonomia no Escritório.

Aplicação da ferramenta OWAS na identificação de Riscos Ergonômicos em Operações de Logística. 

A fisioterapia do trabalho na interpretação de provas de uma perícia judicial.


sábado, 21 de abril de 2018

Exigências do mercado no Estado de São Paulo para os profissionais da área técnica em Segurança do Trabalho e/ou Meio Ambiente.


Conheça a pesquisa realizada pelo Sr. Leandro Rodrigues, onde foi avaliado de 11/12/2017 à 07/02/2018 as principias exigências do mercado no Estado de São Paulo para os profissionais da área técnica em Segurança do Trabalho e/ou Meio Ambiente, a qual foi embasada nas últimas 100 vagas na página eletrônica CATHO (https://www.catho.com.br/)

Autor: Leandro Rodrigues de Barros do Vale        
06 anos de experiência na área de Segurança e Saúde do Trabalho e Meio Ambiente
Formação: Técnico de Segurança do Trabalho e Bacharel em Administração.
Cursos Extracurriculares:  Auditor Interno ISO 14001, Auditor Interno OHSAS 18001, NR 10 – Segurança em Instalações e Serviço em Eletricidades, Instrutor de NR 20 – Líquidos Combustíveis e Inflamáveis e Brigada de Incêndio. 




OBJETIVO: Essa pesquisa visa identificar quais são as principais exigências do mercado na área de Saúde, Meio Ambiente e Segurança, a ferramenta utilizada e o site de empregos CATHO.

METODOLOGIA: foram pesquisadas as 100 últimas oportunidades de emprego no site Catho, que ocorreram entre os dias 11/12/2017 à 07/02/2018.

Foram filtradas as seguintes cidades do Estado de São Paulo: Diadema, Mauá, Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul e São Paulo.
As vagas filtradas (cinco) têm as seguintes nomenclaturas: Técnico de Segurança do Trabalho, Técnico de Meio Ambiente e Segurança, Técnico de Segurança do Trabalho Pleno, Técnico de Segurança do Trabalho Sênior e Técnico de Segurança do Trabalho e Meio ambiente.
Posteriormente foi comparada a quantidade de vagas abertas com as nomenclaturas acima em relação às vagas de Técnico de Meio Ambiente e Analista de QSMS.
NOTA: Esta mesma pesquisa foi elaborada pelo autor no 1º quadrimestre de 2015.Agora foi utilizada a mesma metodologia, permitindo assim realizar um comparativo do cenário ano 2015 versus ano 2018.

1º - FAIXA SALARIAL
Apenas 59% das vagas informaram a faixa salarial, sendo que desta porcentagem:
- 59% pagam entre R$ 3000,00 à R$ 3.999,99;
- 26% pagam entre R$ 2.000,00 à R$ 2.999,99;
- 10% pagam entre R$ 4.000,00 a 5.999,99.
- 5% pagam entre R$ 1.000,00 à R$ 1.999,99;

2º - SALÁRIO ESPECÍFICO
Apenas 59% das vagas informaram a faixa salarial sendo que desta porcentagem:
- 49% pagam o salário de R$ 3.307,13 atendendo assim exatamente o valor mínimo previsto na legislação de SP;
- 15% pagam o salário superior ao piso estabelecido no Estado de SP, sendo que o salário pode ser até R$ 5.000,00 (salário inicial);
- 36% pagam o salário inferior ao piso estabelecido no Estado de SP.

3º - LOCALIDADES QUE MAIS EMPREGAM (Cidade de São Paulo e Grande ABCDM)
- 75% das vagas surgem na cidade de São Paulo;
- 7% das vagas surgem na cidade de São Bernardo do Campo;
- Apenas 18% das vagas correspondem às cidades Diadema, Mauá, São Caetano do Sul e Santo André (as quatro cidades somadas).

4º - FORMAÇÃO ESCOLAR
- 87% das vagas solicitam apenas o Curso Técnico de Segurança do Trabalho com registro no MTE;
- 4% das vagas solicitam Ensino Superior (qualquer curso de 3º grau) além do Curso Técnico de Segurança do Trabalho com registro no MTE;
- 4% das vagas solicitam Técnico de Meio Ambiente além do Curso Técnico de Segurança do Trabalho com registro no MTE;
- Apenas 5 % pedem outros cursos, sendo dois (2%) formação de Pós-Graduação em SMS, outros dois (2%) Segurança do Trabalho nível superior, e um (1%) Técnico em Enfermagem.

5º - EXPERIÊNCIA
- 99% das vagas pedem conhecimentos Técnicos de Segurança do Trabalho que compreendem as funções básicas da área e que atenda entre outros, principalmente conhecimentos em programas de segurança (PPRA, PCMSO, ETC), CIPA, SIPAT, e domínio em Word e Excel;
- 6% das vagas pedem experiência em ISO 14001, além dos conhecimentos Técnicos em Segurança do Trabalho;
- 4% das vagas pedem experiência em OHSAS 18001, além dos conhecimentos Técnicos em Segurança do Trabalho;
- 4% das vagas pedem experiência em meio ambiente ou gerenciamento de resíduos, além dos conhecimentos Técnicos em Segurança do Trabalho;
- 3% das vagas pedem experiência em ISO 9001, além dos conhecimentos Técnicos em Segurança do Trabalho;
- 2% das vagas pedem experiência em Recursos Humanos, além dos conhecimentos Técnicos em Segurança do Trabalho;
Observação: o total das porcentagens acima e superior a 100% porque algumas exigências se repetem (exemplo: experiência em ISO 14001 e OHSAS 18001).

6º - CURSOS EXTRACURRICULARES
- 82% das vagas não pedem cursos específicos da área;
- 5% das vagas pedem curso de NR 23 – Proteção Contra Incêndios;
- 5% das vagas pedem curso de NR 35 – Trabalho em Altura;
- 3% das vagas pedem curso de E-social;
Apenas 5% das vagas pedem experiência em outros cursos entre eles, NR 10 – Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade (1%), NR 12 Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos (1%), NR 18 Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção (1%), e NR 33 – Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados (2%).

7º - RAMO DE ATIVIDADE QUE MAIS EMPREGAM
- 32% das vagas tem como atividade principal a de Construção Civil;
- 19% das vagas tem como atividade principal a de Indústria (inclusive metalúrgica);
- 12% das vagas tem como atividade principal a de Consultoria;
- 10% das vagas tem como atividade principal a de Saúde;
- 7% das vagas tem como atividade principal a terceirização de serviços (principalmente serviços de Limpeza e Segurança Patrimonial);
- 20% das vagas têm outras atividades (não informadas acima) sendo que as que repetiram mais de uma vez são: Alimentos, Call Center e Serviços de Telefonia.

8º - IDIOMAS
- 91% das vagas não pedem idiomas estrangeiros;
- 9% das vagas pedem Inglês, sendo que 4% dos casos são avançados e 5 % intermediários;

9º - EXIGÊNCIAS EXTRAS
- 59% das vagas não pedem exigências extras;
- 24% das vagas pedem habilitação para dirigir sendo que 9% pedem que possua veículo próprio para visitar as unidades determinadas pelo empregador;
- 15% das vagas pedem disponibilidade para viagens;
- 2% das vagas pedem experiência e disponibilidade para atuar também no RH.

10º TÉCNICO DE MEIO AMBIENTE / ANALISA DE QSMS
No período de 11/12/2017 à 07/02/2018 (mesmo utilizado para pesquisar as vagas de Técnico de Segurança do Trabalho e similares) surgiram apenas sete (7) vagas de Técnico de Meio Ambiente contra cem (100) vagas de Técnico de Segurança do Trabalho. Já de Analista de QSMS foi observada apenas uma (1) vaga.
O salário médio recebido pelo Técnico de Segurança do Trabalho é de R$ 3.437,95.
O salário médio recebido pelo Técnico de Meio Ambiente é de R$ 1.850,00.
Não foi informado o salário do Analista de QSMS no site supracitado.

11º - CONCLUSÃO
Confrontando os dados coletados em 2015 com os atuais (2018), é possível dizer que nos itens 1º FAIXA SALARIAL, 2º SALÁRIO ESPECÍFICO, 3º LOCALIDADES QUE MAIS EMPREGAM, 4º FORMAÇÃO ESCOLAR, 5º EXPERIÊNCIA, 7º RAMO DE ATIVIDADE QUE MAIS EMPREGAM, 9º EXIGÊNCIAS EXTRAS e 10º TÉCNICO DE MEIO AMBIENTE / ANALISA DE QSMS, pouca diferença tiveram, ocorrendo assim empate técnico. Desta forma, ratificou-sea legitimidade das informações.
Embora todo curso seja uma oportunidade de aprendizado, é possível afirmar através deste que, o curso de Técnico de Meio Ambiente não conquistou grande espaço no mercado de trabalho como previam os especialistas em meados desta década (isso se comparado com o curso de Técnico de Segurança do Trabalho).
Quanto a Analista de QSMS, surgiu apenas uma (1) vaga a cada cem (100) de Técnico de Segurança do Trabalho, porém, é este cargo é relativamente novo para se afirmar algo.
O item 6º CURSOS EXTRACURRICULARES, ratificou a importância de ter o curso de NR 35 - Trabalho em Altura. A novidade é o curso de NR 23 – Proteção Contra Incêndios. O curso ou vivência com E-social está em ascensão visto a nova exigência mercadológica. A realização destes cursos extracurriculares não é sinônimo de emprego ou salário diferenciado, mas com certeza é um diferencial para a conquista de uma oportunidade no mercado de trabalho ou manutenção do mesmo.
O Item 8º IDIOMAS, mostrou que 9% das vagas exigem inglês. O índice obtido praticamente dobrou em relação a 2015, desta forma ter inglês nível intermediário é recomendável, ainda que não seja sinônimo de ter um salário diferenciado da prática de mercado, pode ser o que falta para conquistar a vaga almejada.
Um item preocupante é a queda de vagas na área supracitada (e provavelmente em todas as áreas, visto a crise econômica que assola em nosso Pais), evidenciou-se que em 2015 precisou de 42 dias para a existência de 100 vagas, já em 2018 precisou de 59 dias, ou seja, queda de 29%.
É salutar informar que a redução (29%) de empregos na área de Técnico de Segurança do Trabalho não é absoluta, pois, além da crise econômica já informada, existe o atenuante de que em 2015 a pesquisa foi realizada logo após o carnaval, já em 2018 pouco antes do carnaval.
As vagas em geral exigem experiência do colaborador na área de TST, desejando competências nas atividades que envolvam os programas de segurança do trabalho e elaboração de relatórios, com isso, é imprescindível ter domínio em Pacote Office com ênfase em Word e Excel. Ter vivência ou cursos em ISO 14001 e OHSAS 18001 são diferenciais, uma vez que essas ferramentas colaboram muito no desenvolvimento e controle do sistema de Saúde, Meio Ambiente e Segurança de uma empresa. Cursos extracurriculares como NR23 e NR35 são requisitados com boa frequência. Prevemos que a demanda da vez será a expertise em E-social.
Os seguimentos que mais empregam na profissão de TST são Construção Civil, Indústrias e Consultoria, sendo que em muitos casos, os profissionais visitam unidades filiais ou clientes, logo, a carteira de habilitação B é fundamental para a locomoção do profissional.

Um forte abraço a todos os colegas de profissão.
Leandro Rodrigues de Barros do Vale            

sábado, 27 de janeiro de 2018

AST – Análise de Segurança da Tarefa

Definições da AST:

É uma análise qualitativa de risco de uma tarefa, para:
Ø  Identificar perigos e potenciais acidentes que podem ocorrer durante a execução da tarefa.
Ø  Determinar equipamentos e controles apropriados para reduzir o risco.

O propósito da AST é identificar e avaliar perigos que:
Ø  Podem ter sido negligenciados na etapa de elaborações dos procedimentos de trabalho, na fase de projeto das máquinas e equipamentos, etc.
Ø  São causados por mudanças em procedimentos de trabalho ou de pessoal.
Ø  Podem ter sido desenvolvidas depois que o trabalho inicial foi executado.

O objetivo principal da AST é encontrar um caminho seguro para execução de uma dada função especificada(tarefa).

A AST é aplicada para tarefas onde:
ü  Acidentes ou incidentes têm ocorrido.
ü  Um ou mais dos profissionais envolvidos no trabalho não estão familiarizados com todos os perigos.
ü  Um novo grupo de trabalhadores estão trabalhando juntos.
ü  A execução segura do trabalho requer cooperação e coordenação entre várias pessoas envolvidas.
ü  Novos equipamentos ou novos processos de trabalho estão sendo introduzidos.

A AST normalmente compreenderá as seguintes etapas:
ü  Pré-requisitos da AST (preparação para realização da análise).
ü  Divisão da tarefa em passos básicos.
ü  Identificação dos perigos, condições inseguras e práticas de trabalho inseguras associadas com cada passo.
ü  Identificação das possíveis consequências (efeitos) associadas com cada passo.
ü  Avaliação dos cenários.
ü  Determinação dos equipamentos e medidas requeridas para controlar cada um dos perigos identificados.
ü  Registro e acompanhamento dos resultados encontrados.

Estabelecimento da “Equipe”
ü  Líder (facilitador) com competência e experiência na metodologia a ser utilizada.
ü  Demais membros da “Equipe” com conhecimento e experiência da tarefa a ser analisada e dos equipamentos/processos associados.
ü  Os membros da “Equipe” devem ter conhecimento prévio da tarefa a ser analisada (antes da reunião para elaboração da AST).
ü  Disponibilidade para participar dos encontros/reuniões para elaboração da AST.

Conhecimento da tarefa a ser analisada:
ü  Observação da tarefa a ser analisada (recomendável fotos e/ou vídeo).
ü  Relação dos equipamentos de proteção individual (EPI’s) recomendados/requeridos contra os perigos quando executando a tarefa.
ü  Coleta de informações a respeito da tarefa: entrevistas, procedimentos escritos, manuais e verificação de relatórios de acidentes/incidentes.

Preenchimento da AST:

1ª Coluna – Etapas do Trabalho:

Esta coluna contém as Etapas / Passos executados para a tarefa analisada. As etapas são definidas pelas equipes participantes com base em procedimentos existentes e/ou levantamento e observação “in loco”.

2ª Coluna – Risco:

Esta coluna contém os possíveis Riscos / Perigos identificados para a tarefa analisada do modulo em estudo. De uma forma geral, estes Riscos estão relacionados a eventos acidentais que têm potencial para causar danos às instalações, aos operados, ao público ou ao meio ambiente.

Exemplos:

ü  Liberação de substâncias perigosas (inflamáveis, tóxicos, corrosivos e outras);
ü  Liberação de respingos, fagulhas, faíscas, partículas, poeira, etc;
ü  Choque mecânicos (colisões, quedas de peças ou de equipamentos, quedas de pessoas, prensamento, atropelamento, projeção de peças ou fragmentos, etc.);
ü  Contato com superfície energizada;
ü  Contatos com superfícies quentes ou criogênicas;
ü  Contatos com superfícies cortantes ou perfurantes;
ü  Presença de atmosfera confinada;
ü  Presença de substâncias/objetos indesejados;
ü  Reação descontrolada/indevida;
ü  Explosão/incêndio em equipamentos elétricos;
ü  Explosão em equipamentos pressurizados.

3ª Coluna – Providências a serem tomadas:

“Fatores atenuantes, relacionados tanto com as causas identificadas como com os efeitos relatados, que possam significar redução na freqüência ou severidade dos cenários em análise”.

Exemplos de Providências:

ü  Existência de procedimentos;
ü  Seguir as Regras de Segurança e Saúde do Trabalho e Meio Ambiente;
ü  Sistemas de proteção dos equipamentos (alarmes, intertravamentos e bloqueios);
ü  Uso de EPC´s e EPI´s.

4ª Coluna – O que pode sair de errado?

Os possíveis efeitos danosos de cada RISCO identificado são listados nesta coluna.
Os efeitos dos acidentes estão relacionados com danos às pessoas, às instalações ou ao meio ambiente.

Exemplos:

ü  Intoxicações ou asfixia (vazamentos de gás ou atmosfera asfixiante);
ü  Traumas físicos decorrentes de quedas, incêndio (queimadura), explosão (fratura, ruptura de tímpano);
ü  Contaminação do solo/recursos hídricos.

5ª Coluna – Ações

Esta coluna contém as recomendações de medidas mitigadoras de risco propostas pela equipe do estudo.

Benefícios da AST:

ü  Identifica os atuais e potencias perigos relacionados ao trabalho, e ajuda a determinar como estes devem ser gerenciados;
ü  Preparação para observações de segurança planejadas;
ü  Propicia o início de forma segura para novos profissionais no trabalho;
ü  Revisão de procedimentos após ocorrências de acidentes/incidentes;
ü  Possibilita a verificação de oportunidades de melhorias estar disponível/presentes;
ü  Favorece o aprendizado dos supervisores com relação as atividades;
ü  Aumenta o envolvimento dos trabalhadores nos processos de segurança.

Exemplo de uma AST:

Local da Atividade: Exemplo: Área Operacional (Galpão II)
Logo da Empresa:
Descrição da Atividade: Exemplo: Montagem de Condensador dos Vasos de Flash
Responsáveis: Exemplo: Téc. de Segurança, Encarregado, Supervisor, Engenheiro e Preposto.
Data:
Máquinas e Ferramentas a serem utilizadas: Exemplo: Guindaste, Ferramentas Manuais e Elétricas, Cintas e Estropos,

AST – Análise de Segurança da Tarefa
Etapas das Obras:
Riscos:
Providências:
Algo de Errado?
Ações:




1 – Reunião de início para o desenvolvimento do Trabalho e apresentação da AST.
1 – Colaborador estar desatento à explanação das atividades.




1 – Orientador estar atento às ações dos colaboradores e cobrar a atenção.


1 – Colaborador se recusar á seguir as orientações do orientador.



1- Solicitar ao encarregado/
supervisor que tenham um diálogo especifico com o colaborador antes do início da atividade.

1.1 – Colaborador não entender e não questionar o trabalho.

1.1 – Orientador questionar aos colaboradores envolvidos sobre o que está sendo proposto.

1.1 – Orientador observar que o colaborador ainda não atingiu o índice satisfatório.

1.1 – Interromper a atividade e refazer a explanação do trabalho, discutindo os aspectos não satisfatórios.  









2 – Montagem de viga Metálica do Condensador









2 – Queda das pessoas e materiais durante a atividade.
2 – Ao trabalhar em locais com altura superior a 2,0m utilize o cinto de segurança preso ao cabo guia (com 03 clipes) ou ancorado no andaime.
2 – Colaboradores sem Cinto de Segurança.







2 – Orientar em DDS (Dialogo Diário de Segurança) a importância da utilização do Cinto de Segurança e respectivamente cobrar seu uso.

2 – O local de trabalho deverá ser imediatamente sinalizado e isolado não sendo permitida a entrada de pessoas não autorizadas (zona de perigo)
2 – Pessoas não autorizadas adentrarem a área isolada.
2 – Paralisar o serviço e retirar as pessoas não envolvidas na atividade.
3 -




4 -




5 -





Referências Bibliográficas:

- SLIDEPLAYER. BRITO. Mônica. AST – Análise de Segurança da Tarefa. Disponível em: < http://slideplayer.com.br/slide/2911829/>. Publicado por: Nicolas Deus. Acesso em: 27/01/2018.