Reynaud Maurice, médico francês, foi o
primeiro a descrever em 1862, os distúrbios vasculares observados em indivíduos
expostos as vibrações de mãos e braços, em sua tese intitulada local asphyxia
and symmetrical gangrene of the extremities (do inglês, gangrena local e
simétrica das extremidades).
Desde o trabalho pioneiro iniciado em 1911,
por Loriga, pesquisador italiano que descreveu a síndrome da vibração nos
trabalhadores que operavam marteletes em pedreiras, correlacionando com o fenômeno
de Raynaud, muitos pesquisadores têm estudado o assunto, o que resultou em
milhares de artigos científicos a respeito das vibrações transmitidas às mãos e
braços. A medição e avaliação do grau de severidade da vibração no corpo humano
baseiam-se em normas internacionais como a ISO 26312 para corpo inteiro, ISO
53493 para mãos e braços, e ISO 80414 para instrumentação. A NR 155 Anexo 8 faz
referência a tais normas para a comprovação ou não da exposição a esse agente
para caracterização da insalubridade de grau médio (20%). Contudo essas normas
carecem de procedimentos de medição e análise bem definidos o que dificulta a
obtenção de resultados reprodutivos. Não são mencionadas em nenhuma delas as
técnicas de medição ou requisitos para o uso de dispositivos padronizados de
medição de vibração no posto de trabalho como a utilização de almofadas
especiais ou pulseiras. A interpretação de alguns itens da norma também é
desgastante para quem não está familiarizado com a área.
Conheça
mais sobre o assunto através do Artigo desenvolvido pelo Sr. Fabiano Kiam
Tomin com o tema “Insalubridade em
Atividades com Ferramentas Vibratórias na Construção Civil” como requisito
parcial para obtenção do título de Engenheiro de Segurança do Trabalho na
Universidade São Francisco (Campinas / SP)
ARTIGO: “Insalubridade
em Atividades com Ferramentas Vibratórias na Construção Civil”
Resumo: O presente trabalho
teve como objetivo uma caracterização sumária da exposição as vibrações do
sistema mão e braço dos operadores de rompedores ou marteletes no setor da
construção civil. Embora esta caracterização constitua uma tarefa de alguma
complexidade, quer pelos métodos construtivos, quer pela variabilidade das
tarefas executadas e pelo tipo e fases da obra, foi possível constatar a
produção frequente de níveis vibracionais elevados por parte daqueles
equipamentos. O tipo de alimentação, o ano da construção do equipamento, o
peso, a energia de impacto, a pressão de operação, o número de impactos por
minuto, a potência e a superfície de trabalho constituem, por seu turno,
fatores determinantes para os níveis vibracionais transmitidos ao sistema mão –
braço. Para além da necessidade de se ter em consideração os níveis
vibracionais declarados pelos fabricantes, quando da aquisição dos marteletes,
bem como, a eventual adaptação de dispositivos de redução das vibrações
transmitidas aos respectivos operadores, sempre como solução de recurso, a
adoção de medidas de proteção individual. Estão neste caso a formação e a
sensibilização para o uso de luvas antivibração, devidamente homologadas. O
estudo da vibração diz respeito aos movimentos oscilatórios de corpos e às
forças que lhes são associadas. Todos os corpos dotados de massa e elasticidade
são capazes de produzir vibração. Deste modo, a maior parte das máquinas e
estruturas está sujeita a certo grau de vibração e o seu projeto requer
geralmente o exame do seu comportamento oscilatório.
Palavras chave: Vibração.
Construção Civil.
Faça o download da
Monografia: “Insalubridade
em Atividades com Ferramentas Vibratórias na Construção Civil”
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