Em toda sua história,
o ser humano se instalou próximo às margens dos cursos d’água, devido à
disponibilidade abundante dos recursos naturais, tais como a água, a pesca, a
caça, a extração de madeira, entre outros, necessários para a sua subsistência,
além destas áreas serem mais produtivas em função da maior fertilidade natural.
Assim, muitas cidades foram desenvolvidas junto às margens de rios,
eliminando-se nesse processo todo tipo de vegetação ciliar.
As áreas localizadas
próximas aos corpos hídricos foram os primeiros ambientes a sofrerem degradação
pelas ações antrópicas, e até hoje continuam sob forte pressão. Em conseqüência
da falta de planejamento e conseqüente destruição dos recursos naturais, particularmente
as florestas, a cobertura florestal nativa brasileira foi sendo fragmentada,
cedendo espaço para cultivos agrícolas, pastagens e cidades. Este processo de
degradação das matas ciliares resultou em um conjunto de problemas ambientais:
a extinção de várias espécies da fauna e da flora, as mudanças climáticas
locais, a erosão dos solos e o assoreamento dos cursos d’água, além da
alteração da qualidade da água.
Segundo os dados do
Inventário Florestal da Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo
(2009), a cobertura vegetal nativa do estado é de 17,5%, sendo que a maior
proporção da cobertura está localizada na região litorânea. Tal redução da
cobertura vegetal se deu ao intenso processo de ocupação do interior paulista
conduzido pela expansão da agricultura.
Os remanescentes
florestais existentes hoje no Estado de São Paulo correspondem a pequenos
fragmentos florestais circundados pela agricultura e parcialmente degradados
pelas ações do homem. Assim, os remanescentes florestais não estão efetivamente
preservados, e o isolamento destes pequenos fragmentos pode ocasionar a
extinção de muitas espécies da fauna e flora.
O processo de
degradação das matas ciliares, além de desrespeitar a legislação, que torna
obrigatória a preservação das mesmas, resulta em vários problemas ambientais,
de modo que a recuperação destas áreas torna-se urgente, sendo que as mesmas
possuem um papel estratégico na proteção dos cursos d’água, na preservação da
qualidade da água, na conservação da biodiversidade da flora e da fauna e na
formação de corredores ecológicos entre as poucas reservas de matas nativas
ainda existentes no Estado de São Paulo.
Conheça o trabalho de
monografia desenvolvido pelo Sr. TADEU HENRIQUE SCHAION em 2011 como requisito
parcial para obtenção do título de Engenheiro Ambiental na Universidade São
Francisco (Campinas).
Título: RECUPERAÇÃO DE MATAS CILIARES NO ESTADO DE
SÃO PAULO
Resumo: O presente trabalho tem por objetivo
apresentar a importância da preservação e recuperação das vegetações ciliares e
suas principais funções ecológicas e hidrológicas na proteção das áreas em que
estão inseridas, bem como as principais técnicas e metodologias utilizadas para
a recuperação das matas ciliares, levando-se em consideração todo o processo de
sucessão envolvido, as principais espécies nativas utilizadas no Estado de São
Paulo, as metodologias empregadas para a recuperação e revegetação das áreas
degradadas, visando sempre a proteção dos recursos hídricos e da biodiversidade
existente.
Palavras-chave: Recuperação. Mata ciliar. Área de
Preservação Permanente.
Faça o download da
Monografia: “Recuperação de Matas Ciliares no Estado de São Paulo”.
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