segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Recuperação de Matas Ciliares no Estado de São Paulo

Em toda sua história, o ser humano se instalou próximo às margens dos cursos d’água, devido à disponibilidade abundante dos recursos naturais, tais como a água, a pesca, a caça, a extração de madeira, entre outros, necessários para a sua subsistência, além destas áreas serem mais produtivas em função da maior fertilidade natural. Assim, muitas cidades foram desenvolvidas junto às margens de rios, eliminando-se nesse processo todo tipo de vegetação ciliar.
As áreas localizadas próximas aos corpos hídricos foram os primeiros ambientes a sofrerem degradação pelas ações antrópicas, e até hoje continuam sob forte pressão. Em conseqüência da falta de planejamento e conseqüente destruição dos recursos naturais, particularmente as florestas, a cobertura florestal nativa brasileira foi sendo fragmentada, cedendo espaço para cultivos agrícolas, pastagens e cidades. Este processo de degradação das matas ciliares resultou em um conjunto de problemas ambientais: a extinção de várias espécies da fauna e da flora, as mudanças climáticas locais, a erosão dos solos e o assoreamento dos cursos d’água, além da alteração da qualidade da água.
Segundo os dados do Inventário Florestal da Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo (2009), a cobertura vegetal nativa do estado é de 17,5%, sendo que a maior proporção da cobertura está localizada na região litorânea. Tal redução da cobertura vegetal se deu ao intenso processo de ocupação do interior paulista conduzido pela expansão da agricultura.
Os remanescentes florestais existentes hoje no Estado de São Paulo correspondem a pequenos fragmentos florestais circundados pela agricultura e parcialmente degradados pelas ações do homem. Assim, os remanescentes florestais não estão efetivamente preservados, e o isolamento destes pequenos fragmentos pode ocasionar a extinção de muitas espécies da fauna e flora. 
O processo de degradação das matas ciliares, além de desrespeitar a legislação, que torna obrigatória a preservação das mesmas, resulta em vários problemas ambientais, de modo que a recuperação destas áreas torna-se urgente, sendo que as mesmas possuem um papel estratégico na proteção dos cursos d’água, na preservação da qualidade da água, na conservação da biodiversidade da flora e da fauna e na formação de corredores ecológicos entre as poucas reservas de matas nativas ainda existentes no Estado de São Paulo.


Conheça o trabalho de monografia desenvolvido pelo Sr. TADEU HENRIQUE SCHAION em 2011 como requisito parcial para obtenção do título de Engenheiro Ambiental na Universidade São Francisco (Campinas).

Título: RECUPERAÇÃO DE MATAS CILIARES NO ESTADO DE SÃO PAULO

Resumo: O presente trabalho tem por objetivo apresentar a importância da preservação e recuperação das vegetações ciliares e suas principais funções ecológicas e hidrológicas na proteção das áreas em que estão inseridas, bem como as principais técnicas e metodologias utilizadas para a recuperação das matas ciliares, levando-se em consideração todo o processo de sucessão envolvido, as principais espécies nativas utilizadas no Estado de São Paulo, as metodologias empregadas para a recuperação e revegetação das áreas degradadas, visando sempre a proteção dos recursos hídricos e da biodiversidade existente.


Palavras-chave: Recuperação. Mata ciliar. Área de Preservação Permanente.


Faça o download da Monografia: “Recuperação de Matas Ciliares no Estado de São Paulo”.

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