sábado, 27 de janeiro de 2018

AST – Análise de Segurança da Tarefa

Definições da AST:

É uma análise qualitativa de risco de uma tarefa, para:
Ø  Identificar perigos e potenciais acidentes que podem ocorrer durante a execução da tarefa.
Ø  Determinar equipamentos e controles apropriados para reduzir o risco.

O propósito da AST é identificar e avaliar perigos que:
Ø  Podem ter sido negligenciados na etapa de elaborações dos procedimentos de trabalho, na fase de projeto das máquinas e equipamentos, etc.
Ø  São causados por mudanças em procedimentos de trabalho ou de pessoal.
Ø  Podem ter sido desenvolvidas depois que o trabalho inicial foi executado.

O objetivo principal da AST é encontrar um caminho seguro para execução de uma dada função especificada(tarefa).

A AST é aplicada para tarefas onde:
ü  Acidentes ou incidentes têm ocorrido.
ü  Um ou mais dos profissionais envolvidos no trabalho não estão familiarizados com todos os perigos.
ü  Um novo grupo de trabalhadores estão trabalhando juntos.
ü  A execução segura do trabalho requer cooperação e coordenação entre várias pessoas envolvidas.
ü  Novos equipamentos ou novos processos de trabalho estão sendo introduzidos.

A AST normalmente compreenderá as seguintes etapas:
ü  Pré-requisitos da AST (preparação para realização da análise).
ü  Divisão da tarefa em passos básicos.
ü  Identificação dos perigos, condições inseguras e práticas de trabalho inseguras associadas com cada passo.
ü  Identificação das possíveis consequências (efeitos) associadas com cada passo.
ü  Avaliação dos cenários.
ü  Determinação dos equipamentos e medidas requeridas para controlar cada um dos perigos identificados.
ü  Registro e acompanhamento dos resultados encontrados.

Estabelecimento da “Equipe”
ü  Líder (facilitador) com competência e experiência na metodologia a ser utilizada.
ü  Demais membros da “Equipe” com conhecimento e experiência da tarefa a ser analisada e dos equipamentos/processos associados.
ü  Os membros da “Equipe” devem ter conhecimento prévio da tarefa a ser analisada (antes da reunião para elaboração da AST).
ü  Disponibilidade para participar dos encontros/reuniões para elaboração da AST.

Conhecimento da tarefa a ser analisada:
ü  Observação da tarefa a ser analisada (recomendável fotos e/ou vídeo).
ü  Relação dos equipamentos de proteção individual (EPI’s) recomendados/requeridos contra os perigos quando executando a tarefa.
ü  Coleta de informações a respeito da tarefa: entrevistas, procedimentos escritos, manuais e verificação de relatórios de acidentes/incidentes.

Preenchimento da AST:

1ª Coluna – Etapas do Trabalho:

Esta coluna contém as Etapas / Passos executados para a tarefa analisada. As etapas são definidas pelas equipes participantes com base em procedimentos existentes e/ou levantamento e observação “in loco”.

2ª Coluna – Risco:

Esta coluna contém os possíveis Riscos / Perigos identificados para a tarefa analisada do modulo em estudo. De uma forma geral, estes Riscos estão relacionados a eventos acidentais que têm potencial para causar danos às instalações, aos operados, ao público ou ao meio ambiente.

Exemplos:

ü  Liberação de substâncias perigosas (inflamáveis, tóxicos, corrosivos e outras);
ü  Liberação de respingos, fagulhas, faíscas, partículas, poeira, etc;
ü  Choque mecânicos (colisões, quedas de peças ou de equipamentos, quedas de pessoas, prensamento, atropelamento, projeção de peças ou fragmentos, etc.);
ü  Contato com superfície energizada;
ü  Contatos com superfícies quentes ou criogênicas;
ü  Contatos com superfícies cortantes ou perfurantes;
ü  Presença de atmosfera confinada;
ü  Presença de substâncias/objetos indesejados;
ü  Reação descontrolada/indevida;
ü  Explosão/incêndio em equipamentos elétricos;
ü  Explosão em equipamentos pressurizados.

3ª Coluna – Providências a serem tomadas:

“Fatores atenuantes, relacionados tanto com as causas identificadas como com os efeitos relatados, que possam significar redução na freqüência ou severidade dos cenários em análise”.

Exemplos de Providências:

ü  Existência de procedimentos;
ü  Seguir as Regras de Segurança e Saúde do Trabalho e Meio Ambiente;
ü  Sistemas de proteção dos equipamentos (alarmes, intertravamentos e bloqueios);
ü  Uso de EPC´s e EPI´s.

4ª Coluna – O que pode sair de errado?

Os possíveis efeitos danosos de cada RISCO identificado são listados nesta coluna.
Os efeitos dos acidentes estão relacionados com danos às pessoas, às instalações ou ao meio ambiente.

Exemplos:

ü  Intoxicações ou asfixia (vazamentos de gás ou atmosfera asfixiante);
ü  Traumas físicos decorrentes de quedas, incêndio (queimadura), explosão (fratura, ruptura de tímpano);
ü  Contaminação do solo/recursos hídricos.

5ª Coluna – Ações

Esta coluna contém as recomendações de medidas mitigadoras de risco propostas pela equipe do estudo.

Benefícios da AST:

ü  Identifica os atuais e potencias perigos relacionados ao trabalho, e ajuda a determinar como estes devem ser gerenciados;
ü  Preparação para observações de segurança planejadas;
ü  Propicia o início de forma segura para novos profissionais no trabalho;
ü  Revisão de procedimentos após ocorrências de acidentes/incidentes;
ü  Possibilita a verificação de oportunidades de melhorias estar disponível/presentes;
ü  Favorece o aprendizado dos supervisores com relação as atividades;
ü  Aumenta o envolvimento dos trabalhadores nos processos de segurança.

Exemplo de uma AST:

Local da Atividade: Exemplo: Área Operacional (Galpão II)
Logo da Empresa:
Descrição da Atividade: Exemplo: Montagem de Condensador dos Vasos de Flash
Responsáveis: Exemplo: Téc. de Segurança, Encarregado, Supervisor, Engenheiro e Preposto.
Data:
Máquinas e Ferramentas a serem utilizadas: Exemplo: Guindaste, Ferramentas Manuais e Elétricas, Cintas e Estropos,

AST – Análise de Segurança da Tarefa
Etapas das Obras:
Riscos:
Providências:
Algo de Errado?
Ações:




1 – Reunião de início para o desenvolvimento do Trabalho e apresentação da AST.
1 – Colaborador estar desatento à explanação das atividades.




1 – Orientador estar atento às ações dos colaboradores e cobrar a atenção.


1 – Colaborador se recusar á seguir as orientações do orientador.



1- Solicitar ao encarregado/
supervisor que tenham um diálogo especifico com o colaborador antes do início da atividade.

1.1 – Colaborador não entender e não questionar o trabalho.

1.1 – Orientador questionar aos colaboradores envolvidos sobre o que está sendo proposto.

1.1 – Orientador observar que o colaborador ainda não atingiu o índice satisfatório.

1.1 – Interromper a atividade e refazer a explanação do trabalho, discutindo os aspectos não satisfatórios.  









2 – Montagem de viga Metálica do Condensador









2 – Queda das pessoas e materiais durante a atividade.
2 – Ao trabalhar em locais com altura superior a 2,0m utilize o cinto de segurança preso ao cabo guia (com 03 clipes) ou ancorado no andaime.
2 – Colaboradores sem Cinto de Segurança.







2 – Orientar em DDS (Dialogo Diário de Segurança) a importância da utilização do Cinto de Segurança e respectivamente cobrar seu uso.

2 – O local de trabalho deverá ser imediatamente sinalizado e isolado não sendo permitida a entrada de pessoas não autorizadas (zona de perigo)
2 – Pessoas não autorizadas adentrarem a área isolada.
2 – Paralisar o serviço e retirar as pessoas não envolvidas na atividade.
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Referências Bibliográficas:

- SLIDEPLAYER. BRITO. Mônica. AST – Análise de Segurança da Tarefa. Disponível em: < http://slideplayer.com.br/slide/2911829/>. Publicado por: Nicolas Deus. Acesso em: 27/01/2018.

segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

O que não pode faltar no treinamento básico de Seg. e Saúde do Trabalho para os colaboradores?


Autor: Leandro Rodrigues de Barros do Vale                                                                                                                                                              
Você já ouviu falar a expressão “Chegou a hora de separar o joio do trigo” ou “essa é a hora de separar os homens dos meninos”?
Essas expressões representam o momento em que são ministrados treinamentos, pois através destes você pode trazer os trabalhadores para o seu lado ou afastá-los de vez.
E focando a área de Segurança do Trabalho é fundamental que tenhamos os trabalhadores do nosso lado para que eles deem a devida atenção quando orientados sobre procedimentos de segurança ou até mesmo assuntos sobre a importância do uso de EPI.
A quantidade de treinamentos é importante, mas a qualidade destes é que vai determinar a reputação do Técnico de Segurança do Trabalho perante os trabalhadores.
Desta maneira, o ministrante do treinamento deve se preparar, dominar o assunto a ser tratado e estar atualizado.

Um treinamento de SST básico deve ter os seguintes tópicos:

História da Empresa: apresentando a empresa desde a sua fundação até os dias atuais, informando fusões, aquisição e em quais estados ou países atua, quais são seus produtos, e demais informações relevantes;

Política da Empresa: objetivando as ações dos profissionais de SESMT - Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, na busca de reduzir os incidentes e acidentes através da antecipação, reconhecimento, avaliação e controle;

Procedimentos de Segurança da Empresa: quanto aos trabalhos em altura, espaço confinado, eletricidade, entre outros;

Controle de Segurança e Saúde no Trabalho: citar quais programas de segurança a empresa cumpre, exemplo: PPRA, PCMSO, Laudo Ergonômico, Laudo de Insalubridade, Laudo de Periculosidade, entre outros;

Matriz de Perigos e Riscos: conforme as atividades, os riscos expostos bem como as formas de controle;

Plano de Emergência e Contingência: informando o plano, quem são os Brigadistas, como estão identificados e o que estão aptos a fazer em caso de ocorrência;

Telefones de Emergência: quais são os números e onde encontrá-los;

Indicadores de Acidentes: objetivos e indicadores de acidentes, se houverem;

Mapas de Risco: classificando os riscos sejam eles, físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e acidentes;

Equipamentos de Proteção Coletiva: citar os EPC´s disponíveis, exemplo: porta corta fogo, luz de emergência, ar condicionado, detector de fumaça e entre outros;

E, NR 6 – Equipamentos de Proteção Individual: este tópico é o mais importante, pois ele deve abranger as obrigatoriedades do empregador bem como a dos empregados quanto a disponibilização e uso dos EPI´s, orientação aos empregados sobre a ficha de EPI, controle de entrega e termo de responsabilidade sobre os mesmos.

Os trabalhadores deverão participar de reciclagem quando houver alteração ou de maneira periódica.
Os aspectos de saúde e segurança no trabalho quando não respeitados, podem gerar acidentes, trazendo prejuízos aos Empregadores e Empregados.

Autor: Leandro Rodrigues de Barros do Vale                                                                                   
Formação: Técnico de Segurança do Trabalho e Bacharel em Administração.
Cursos Extracurriculares:  Auditor Interno ISO 14001, Auditor Interno OHSAS 18001, NR 10 – Segurança em Instalações e Serviço em Eletricidades, Instrutor de NR 20 – Líquidos Combustíveis e Inflamáveis e Brigada de Incêndio.


Veja também:

Avaliação do colaborador para treinamentos

Integração